Por Rogério Ferreira do Nascimento À guisa de introdução A presença dos pentecostais na política já não é mais novidade. Desde sua destacada participação em 1986, quando da eleição para a Assembleia Constituinte, ela tem se tornado cada vez mais visível, importante e polêmica no cenário eleitoral brasileiro. Se alguns ramos denominacionais têm encarado a política como verdadeiro campo de “batalha espiritual” e lugar decisivo para sua afirmação religiosa, o que revela o destacado caráter religioso dessa participação política, por sua vez, setores da mídia e alguns analistas de plantão, tem apontado o voto evangélico e pentecostal como decisivo em vários pleitos regionais e nacionais. A avaliação de Ruda Ricce 1 recentemente foi emblemática: para ele o voto evangélico/pentecostal definirá as eleições presidenciais de 2010. Participação apaixonada de um lado, peso político crescente de outro. Seria exagero dessas análises avançar esse tipo de afirmação ou se
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