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Mostrando postagens de setembro, 2006

Política e Ética

Rogério Ferreira do Nascimento Enquanto os gregos antigos subordinavam as éticas particulares à grande ética coletiva , a Política, Ética e Política andavam de mãos dadas, pois o "bem comum" era a grande meta a ser alcançada e preservada. Com o avanço do individualismo na história ocidental esse "Bem Comum" foi progressivamente se afastando da dimensão da vida social e política. Primeiro ele foi transferido para a esfera espiritual. O pensamento cristão oficial afirmaria essa tese. O "bem comum" deixaria de estar ligado a essa vida, pois a vida eterna, era mais importante do que a terrena. Segundo, com o avanço da secularização (desacralização da vida) e afirmação de novos valores mundanos esse "bem comum" passou a ser visto como realidade possível apenas na esfera da vida particular (idéia burguesa). Seria o indivíduo o único sujeito capaz de produzir a sua felicidade. À política cabería o "tímido" papel de refrear o mal manifesto d

Humanidades pra quê, Sociologia, pra quê?

Rogério Ferreira do Nascimento Durante boa parte da História recente do Brasil, principalmente a partir da segunda metade do século XX, o ensino e o estudo daquilo que tradicionalmente tem sido chamado de 'humanidades' passaram por um longo período de enfraquecimento e hibernação. A sociologia e a filosofia, por exemplo, perderam sua presença e sua voz no espaço escolar. A história foi destituída radicalmente de seu sentido crítico e humano, tudo isso em função dos "novos tempos", à luz dos quais o que importava era "obedecer" e "aprender a fazer com eficiência" e não pensar e sentir como seres humanos que somos. Hoje assistimos o retorno da Filosofia e Sociologia aos espaços escolares e a uma grande renovação das propostas de ensino da História. Mas o que a realidade tem mostrado de forma categórica é que esse longo período de hibernação enfraqueceu muito a concepção educativa centrada num currículo que valoriza a formação humana. O tecnicism

O Romantismo na literatura (Final do século XVIII ao Final do século XIX)

Rogério Ferreira do Nascimento Origens O movimento Romântico teve suas origens na Alemanha com as obras de Johan Wolfgang Goeth (1774) e destaque na Inglaterra com Walter Scott (1819). Todavia, o maior centro divulgador do romantismo europeu foi a França pós-revolução (1789). Algumas características O Romantismo literário surgiu como um movimento contrário à literatura fabricada pelo Classicismo (Século XVII e parte do século XVIII). Rompendo com uma arte "previsível" e de "encomenda" o artista romântico buscava atingir um público maior do que aquele visado pelo artista do Classicismo, a nobreza. Desejando criar uma nova linguagem o artista romântico apelava tanto à imaginação quanto aos sentimentos. Entregava-se completamente à emoção, à liberdade das formas, à valorização do particular e do individual (bem ao gosto burguês). Voltava-se também à tradição cristã (em oposição ao paganismo do Classicismo) e idealizava o amor e a figura da mulher de forma bem subjetiva