Rogério Ferreira do Nascimento
Durante boa parte da História recente do Brasil, principalmente a partir da segunda metade do século XX, o ensino e o estudo daquilo que tradicionalmente tem sido chamado de 'humanidades' passaram por um longo período de enfraquecimento e hibernação. A sociologia e a filosofia, por exemplo, perderam sua presença e sua voz no espaço escolar. A história foi destituída radicalmente de seu sentido crítico e humano, tudo isso em função dos "novos tempos", à luz dos quais o que importava era "obedecer" e "aprender a fazer com eficiência" e não pensar e sentir como seres humanos que somos.
Hoje assistimos o retorno da Filosofia e Sociologia aos espaços escolares e a uma grande renovação das propostas de ensino da História. Mas o que a realidade tem mostrado de forma categórica é que esse longo período de hibernação enfraqueceu muito a concepção educativa centrada num currículo que valoriza a formação humana. O tecnicismo ainda tem prevalecido nos meios escolares e acadêmicos e a atenção dada às chamadas "disciplinas humamas" (sem negar a importância estrutural das outras disciplinas) continua em segundo plano. Há muito o que percorrer para que elas ocupem o seu merecido lugar na educação brasileira. Infelizmente, ainda é comum ouvir em salas de aulas e corredores de instituições escolares perguntas e afirmações como estas: "por que estudar filosofia e sociologia? Nós precisamos mesmo é de matéria específica, prática..."
Pois bem, esta "matéria específica", "essa prática" só terá sentido se articulada a uma forte e sólida formação humana. Será somente procurando entender o que é "o ser humano", o que ele faz e constrói, em outras palavras, procurando entender a vida e a experiência humana numa perspectiva solidária e fraterna é que poderemos fazer melhor as coisas. A razão técnica não pode substituir a razão do coração. Isso é perda de humanidade, de sentido existencial. É aqui que se destaca a importância da filosofia (uma das formas de entender o sentido da vida humana), da sociologia (aquela capacidade de entender o homem no drama das suas relações sociais ) e dos outros saberes tidos como humanidades (Literatura, Arte, Religião, Política, etc.) pois são estes os saberes que irão possibilitar leituras diversas e ao mesmo tempo fundamentais da experiência humana. Somente com esse grau de valorização da "sociologia" e das "humanidades" no geral é que poderemos recuperar um dos grandes objetivos da educação apontado por Hannah Arendt: "o papel da educação é antes de tudo humanizar os homens".
Pois bem, esta "matéria específica", "essa prática" só terá sentido se articulada a uma forte e sólida formação humana. Será somente procurando entender o que é "o ser humano", o que ele faz e constrói, em outras palavras, procurando entender a vida e a experiência humana numa perspectiva solidária e fraterna é que poderemos fazer melhor as coisas. A razão técnica não pode substituir a razão do coração. Isso é perda de humanidade, de sentido existencial. É aqui que se destaca a importância da filosofia (uma das formas de entender o sentido da vida humana), da sociologia (aquela capacidade de entender o homem no drama das suas relações sociais ) e dos outros saberes tidos como humanidades (Literatura, Arte, Religião, Política, etc.) pois são estes os saberes que irão possibilitar leituras diversas e ao mesmo tempo fundamentais da experiência humana. Somente com esse grau de valorização da "sociologia" e das "humanidades" no geral é que poderemos recuperar um dos grandes objetivos da educação apontado por Hannah Arendt: "o papel da educação é antes de tudo humanizar os homens".
Comentários